Imortal da dança do Amazonas luta para manter espaço cultural para abrigar artistas indígenas e artistas da periferia

O Espaço Cultural Uatê funciona desde outubro de 2014 no bairro Lagoa Verde, na zona sul de Manaus

Manaus – Um espaço para acolher, incentivar e capacitar jovens artistas da periferia e artistas indígenas funciona na residência da bailarina, coreógrafa, atriz e professora Mara Pacheco. No Espaço Cultural Uatê, a artista desenvolve várias atividades, a maioria delas gratuitas, como oficinas de dança, teatro, música, pintura corporal, entre outras, além de apresentar espetáculos de artes cênicas para o público local.

O Espaço Cultural Uatê está localizado na avenida Rodrigo Octávio, 1.381, bairro Lagoa Verde, na zona sul de Manaus. Mara conta que o espaço surgiu a partir do trabalho que já vinha sendo realizado pela sua companhia de dança, também chamada Uatê, desde 1998, e é mantido com recursos próprios e com auxílio de amigos.

“O Espaço Cultural Uatê é um local onde a arte e a cultura se encontram, vem atender a população das comunidades do bairro Lagoa Verde e de bairros próximos, tendo como perspectiva uma maior valorização das arte e da cultura nessas áreas. O Espaço também contribui para a formação de crianças, jovens, adolescentes e adultos no mundo das artes cênicas, música e artes visuais. Sobretudo, é um local de acolhimento para indígenas e artistas”, explicou a artista.

Mara na fila do pão – Mara Pacheco é a entrevistada do dia 17 (quinta-feira) de dezembro, no programa “Quem é você na fila do pão”, no Instagram (@quemevoce.nafiladopao), Facebook (Quem é você na fila do pão?) e YouTube (Quem é você na fila do pão?). Mara Pacheco participa como entrevistada na categoria Espaço Cultural.

O programa de entrevista é comandado pela personagem Filó, a Básica, interpretada pelo ator e diretor Paulo Queiroz, e integra o projeto cultural “Quem é você na fila do Pão? – Edição Norte-Sul/Leste-Oeste”, concebido por Paulo Queiroz. A iniciativa foi contemplada na Lei Aldir Blanc, no edital do Prêmio Manaus de Conexões Culturais 2020, na categoria Teatro, da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) da Prefeitura de Manaus.

Currículo profissional e artístico – Mara Pacheco é formada em Educação Artística, com pós-graduação em Arte Multimídia pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e em Dança-Educação pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). No meio artístico, atuou como bailarina, coreógrafa, atriz e arte-educadora e preparadora corporal de atores da Cia. Teatral Amazônia Arte-Mythos, dirigido pela atriz Narda Telles.

Coreografou os seguintes espetáculos de teatro: “Furo do Olho” (2003), “Poronominare” (2005), “Meninas da Zona Cultural” (2006) e “Canta, Canta na Floresta” (2006). Como atriz, atuou nos espetáculos “Poronominare” e “A Saga dos Munduruku (2007). Como arte-educadora ministrou a disciplina Artes do curso Normal Superior da UEA para estudantes indígenas de 2008 a 2010 e ministrou curso de Artes para a comunidade Yanomami em 2012. Também dançou como bailarina convidada de vários grupos e companhias de dança locais e realizou diversas performances nas ruas de Manaus.

Em 2011, foi premiada no 3º Festival de Dança do Amazonas (FAD), realizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, com o espetáculo “Objeto Ritual”. Em 2012, foi curadora no 4º FAD. Em 2015, recebeu da Secretaria Municipal de Educação (Semed) a menção honrosa “Professora Homenageada”. Em 15 de dezembro de 2016, tornou-se membro da Academia Amazonense de Artes, Ciência, e Letras (ACL), ocupando a cadeira 37. Atualmente, é professora do Centro Municipal de Arte-Educação Aníbal Beça.

Padrinho artístico – Mara Pacheco foi indicada para participar do projeto por meio do coreógrafo, professor de dança e produtor cultural Jorge Kennedy, que é coreógrafo especializado pela Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia. Iniciou sua carreira artística com o Núcleo Universitário de Dança Contemporânea (Nudac) em 1982. Em 1991, criou a companhia de dança Renascença, que produziu os espetáculos “Mulheres de Pequim”, “Bolero y Otras Danzitas Más”, “Neandhertal”, “Suíte Renascença” e “Transe”.

O artista também foi premiado várias vezes em projetos nacionais e regionais. Jorge Kennedy também atuou como coreógrafo e produtor artístico de musicais, como a peça “Dessana, Dessana”, de Márcio Souza, e também “Maria, Maria” e “Paixão, Louca Paixão”, com grandes nomes da música amazonense.

Equipe técnica do projeto – A equipe técnica do projeto é composta por Paulo Queiroz (direção e intérprete de Filó, a Básica), Narda Telles (produção), Denys Cauper (assistente de produção), Thiago Queiroz (assistente de produção), França Viana (assistente de produção), Alê Ferraz (design e identidade visual), Chamel Flores (cinegrafia, fotografia e edição de imagens), Eugênio Lima (maquiagem), Jonatas Sales (figurinos), Cleide Monteiro (costureira) e Guilherme Gil (assessoria de comunicação).

***Com informações de assessoria

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