Adolescente morto por motoristas de aplicativo após suspeita de assalto em Manaus não participou de crime, diz polícia

Manaus – Um adolescente de 17 anos, assassinado por suspeita de cometer um assalto contra um motorista de aplicativo, em Manaus, não teve participação no crime, conforme investigações da polícia. Nesta quarta-feira (21), três homens da categoria foram presos por suspeita de envolvimento na morte.

A prisão dos três motoristas de aplicativo, identificados como João Rodrigues Maciel, 33, ex-presidente do sindicato da categoria, mas renunciou para concorrer ao cargo de vereador em Manaus, além de Kleyton Augustos dos Santos, 29, e Kameron Braga Pereira, 21, por suspeita de homicídio e ocultação de cadáver, aconteceu por meio da operação “Nêmesis”, da Polícia Civil (PC). O crime teria sido cometido por eles por vingança.

De acordo com o delegado Charles Araújo, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), no dia 21 de junho deste ano, a irmã do adolescente, uma mulher de 27 anos, compareceu a delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência (BO). Ela informou que o irmão dela havia sido sequestrado.

A mulher contou que os vizinhos da família verificaram que um veículo com alguns homens estava rondando a casa da família. Segundo Araújo, eles estavam atrás de pessoas suspeitas de terem praticado roubos contra um deles.

A irmã da vítima relatou, também, que o adolescente não possuía ficha criminal e que foi confundido com outra pessoa. Durantes as investigações, os policiais constataram que o adolescente não teve qualquer participação no roubo ao motorista de aplicativo.

Foram presos três homens, de 20, 29 e 33 anos. Um deles é candidato a vereador de Manaus. As prisões ocorreram nos bairros Tarumã e Nova Cidade, Zonas Oeste e Norte de Manaus.

Charles relatou que o corpo do adolescente foi localizado no quilômetro 30, da rodovia federal BR- 174. As ordens judiciais foram expedidas no dia 16 de outubro deste ano, pelo juiz Rafael da Rocha Lima, da Central de Inquéritos.

O trio deve responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Após os trâmites cabíveis, eles serão levados para a Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde passarão por audiência de custódia e ficarão à disposição da Justiça.

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