Psicólogos debatem ética e saúde mental indígena em evento gratuito no Centro Universitário Martha Falcão Wyden
Para marcar o Dia do Psicólogo, celebrado em 27 de agosto, o Centro Universitário Martha Falcão Wyden realiza uma programação especial no Auditório Nelson Falcão, a partir das 19h, reunindo especialistas para discutir temas centrais da profissão. O evento é gratuito e aberto ao público.
A primeira palestra será conduzida pelo psicólogo Ronaldo Nogueira de Moraes, atuante no DSEI-MRP, com o tema “Atenção Psicossocial e Saúde Mental de Indígenas: Qualidade de vida e bem-viver”. A fala abordará experiências e desafios no cuidado em saúde mental voltado às populações indígenas.
De acordo com Ronaldo, atuar junto aos povos indígenas é mais do que levar técnicas, é aprender a escutar com humildade, pois são 17 etnias diferentes, cada uma com suas histórias, culturas, saberes, medicinas tradicionais e modos de compreender o adoecer, o morrer e o viver. “Dentro das aldeias, precisamos reconhecer que saúde mental não se resume a diagnósticos, mas se entrelaça com espiritualidade, território, memória e coletividade. Além disso, o trabalho é feito de acolhimento, respeito e diálogo: aproximar mundos sem apagar diferenças, construir cuidado sem impor, valorizar o bem viver como essência da saúde. Na saúde indígena, a psicologia se torna ponte entre saberes, entre tempos, entre pessoas para que o atendimento psicossocial floresça em consonância com a cultura e a vida de cada povo”, reforça o psicólogo.
Em seguida, a psicóloga Adriana Avelino de Souza, membro da Comissão de Orientação e Ética (COE), apresentará a palestra “Ética no Exercício Profissional do Psicólogo”, trazendo reflexões sobre a prática responsável e os princípios que norteiam a atuação do profissional.
Segundo a coordenadora do curso de Psicologia da Martha Falcão Wyden, Maria Vilani Maia Sequeira, é fundamental que os profissionais compreendam a pluralidade e a diversidade que compõem a população amazonense. “Precisamos respeitar os saberes desta população, considerando a cultura, o coletivo e os modos de vida. É preciso respeito e sensibilidade para atuar junto aos povos indígenas. Assim, a programação busca valorizar a profissão e ampliar o debate sobre os desafios da saúde mental na atualidade”, destaca.