Educação financeira é ferramenta de transformação social, aponta especialista

 

Com 76% das famílias brasileiras endividadas, a educação financeira é apontada por especialistas como essencial para promover a transformação social e econômica do país. A inserção efetiva do tema no currículo escolar, no entanto, ainda enfrenta desafios relacionados à formação docente, gestão educacional e políticas públicas integradas. Geraldo Luiz Silva, professor do curso de Ciências Contábeis da Estácio, destaca que, apesar de a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) já contemplar a educação financeira, há uma carência de estrutura para um trabalho contínuo e aprofundado nas escolas. “A inserção do tema requer abordagem transversal, formação adequada de professores e alinhamento com as diretrizes nacionais. A BNCC permite a integração em disciplinas como Matemática, Ciências Humanas e Ensino Religioso, mas é preciso investir em capacitação, materiais pedagógicos e gestão articulada”, afirma Silva. O cenário econômico atual reforça a urgência dessa discussão. Dados recentes de 2025 indicam que 76,4% das famílias brasileiras estão endividadas, e 28,6% encontram-se em situação de inadimplência. Segundo o professor Geraldo, essa realidade é resultado de uma combinação de fatores que comprometem o planejamento financeiro das famílias. “Os juros elevados e o crédito restrito dificultam o acesso a condições favoráveis, enquanto a inflação reduz o poder de compra. Muitas famílias recorrem ao crédito para manter o padrão de consumo, o que gera um ciclo de endividamento”, explica. A falta de conhecimento sobre planejamento financeiro agrava o problema. “Sem noções de orçamento e consumo consciente, as decisões financeiras acabam sendo tomadas por impulso. A ausência de metas claras, como aposentadoria, reserva de emergência ou investimentos, compromete a estabilidade das famílias”, acrescenta. Os impactos da desorganização financeira vão além da economia doméstica, contribuindo para o aumento do estresse, conflitos familiares e queda na produtividade no trabalho. “O estresse financeiro afeta a saúde mental e as relações pessoais, gerando vulnerabilidades emocionais, sociais e econômicas”, destaca o professor. Para Geraldo Luiz Silva, a educação financeira deve ser tratada como um instrumento de transformação social. “Mais do que ensinar a lidar com dinheiro, é uma forma de formar cidadãos conscientes, capazes de planejar o futuro e fortalecer a resiliência econômica da sociedade”, conclui. Com informações da assessoria

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